João Pereira Coutinho

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Rushdie somos nós

25 Março, 2016 by João Pereira Coutinho

Hoje, qualquer ocidental tem uma ‘fatwa’ sobre a cabeça

Em 1989, o ayatollah Khomeini condenou Salman Rushdie à morte. Parece que o escritor ofendera o Profeta com os seus ‘Versículos Satânicos’ e Teerão aplicou a terapia conhecida aos blasfemos.

Passaram 27 anos. E, 27 anos depois, a Academia Sueca, que atribui todos os anos o Nobel da Literatura, criticou finalmente o gesto de Khomeini. Mais vale tarde que nunca, diz o povo. Mas esta atitude revela bem o que mudou entretanto. Em 1989, a condenação a um escritor era um assunto exótico e distante – e não valia a pena sujar as mãos por tão pouco, ou seja, pela liberdade de expressão. Hoje, qualquer cidadão ocidental tem uma ‘fatwa’ sobre a cabeça; até os membros da Academia Sueca. Rushdie somos nós.

Naturalmente que, para que a redenção fosse completa, só faltava aos suecos dar o Nobel a Rushdie.

A seu tempo. Primeiro, é preciso mais alguns cadáveres pelo caminho.

Artigo publicado no Correio da Manhã

Photo credit: Internet Archive Book Images via Foter.com / No known copyright restrictions

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Filed Under: Correio da manhã, Escritas Tagged With: Ayatollah Khomeini, Censura, Fatwa, Morte, Nobel da Literatura, Salman Rushdie, Teerão

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